Kirchner participava de reunião política quando sentiu-se mal

27/10/2010 - 11h24

Luiz Antônio Alves
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Fontes da equipe médica da Casa Rosada, sede do governo argentino, confirmaram a morte do ex-presidente Néstor Kirchner, ocorrida na madrugada de hoje (27) na cidade de El Calafate, na Província de Santa Cruz. Kirchner morreu de parada cardiorrespiratória e estava junto de sua mulher, a presidente Cristina Kirchner.

Ele participava de uma reunião política na casa que mantém em El Calafate, quando sentiu-se mal. Foi levado ao Hospital José Formenti, mas já chegou desmaiado. Os médicos da Presidência argentina não conseguiram reanimá-lo.

Em fevereiro passado, o ex-presidente teve de ser hospitalizado para uma cirurgia na carótida. No dia 11 de setembro, Kirchner passou por uma angioplastia para a colocação de um stent - prótese metálica colocada no interior de artérias coronarianas obstruídas por gordura, para normalizar o fluxo sanguíneo.

Os médicos da Presidência recomendaram-lhe repouso absoluto, mas o ex-presidente, pouco mais de uma semana depois da última cirurgia, compareceu ao Luna Park, tradicional ponto de Buenos Aires para a realização de comícios políticos e shows musicais, onde participou de uma grande manifestação convocada por jovens filiados ao Partido Justicialista, do qual era presidente.

Analistas políticos argentinos consideraram que a manifestação no Luna Park foi o primeiro passo de Kirchner para entrar na lista de candidatos à Presidência da República no ano que vem. Depois do encontro da juventude justicialista, o ex-presidente não reduziu a agenda de trabalho, viajando por várias regiões do país para encontros políticos.

Além de presidir o Partido Justicialista, Kirchner era deputado e secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Ele tinha 60 anos de idade.

Edição: GraçaAdjuto