BNDES aprova financiamento para reforma do Maracanã

14/10/2010 - 18h08

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Estádio do Maracanã, que vai sediar a final da Copa do Mundo de 2014, vai receber R$ 400 milhões para as obras de reforma. O financiamento é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a aprovação do dinheiro foi divulgada hoje (14) em nota pela instituição.

Segundo o BNDES, os recursos aprovados para o Maracanã fazem parte do programa  ProCopa Arenas, criado pelo banco de fomento para financiar a construção ou reforma dos estádios que receberão jogos do torneio mundial. O Maracanã é o quinto estádio beneficiado pelo programa. Já foram aprovados os projetos para os estádios dos estados do Amazonas, da Bahia, do Ceará e em Mato Grosso.

A nota diz que “no caso do Rio de Janeiro, os recursos do BNDES correspondem a 57% do investimento total. Eles serão utilizados em estudos, projetos e obras civis, que incluem a demolição e reconstrução parcial de arquibancadas, o reforço estrutural, a construção de novas rampas de acesso, o redesenho e alteração nas dimensões do campo e montagem de nova cobertura, ampliando a já existente”.

O custo da reforma do Maracanã foi estimado pelo governo do estado em R$ 700 milhões. A parcela financiada pelo BNDES terá juros da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), mais 0,9% ao ano e até 3,57% de risco de crédito também ao ano. O restante do custo será captado com a iniciativa privada e com recursos do próprio governo do estado.

Depois de pronto, o novo Maracanã vai ter capacidade para 76.525 espectadores, sendo que o número será limitado a 75.027 durante os jogos da Copa do Mundo para atender às exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa) quanto à localização dos assentos e visibilidade do gramado. Atualmente, a capacidade do estádio é de 82.238 mil torcedores, mas somente 68 mil são colocados à venda ingressos por medida de segurança.

Ainda de acordo com a nota do BNDES, toda a intervenção terá de ser autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que o estádio é um bem tombado como Patrimônio Histórico Nacional. A estimativa do governo do estado é que sejam gerados cerca de 2 mil empregos diretos na fase de execução das obras e mais 10 mil indiretos, durante a fase de operação.
 

 

Edição: Rivadavia Severo