Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Os preparativos para as eleições em Valença, município da região sul fluminense, tiveram que ser mudados às pressas. Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aprovada na noite da última terça-feira (28), determinou o cancelamento da eleição suplementar para prefeito, que seria realizada conjuntamente com as eleições gerais do próximo domingo (3).

Com isso, se perdeu todo o trabalho realizado durante meses pela Justiça Eleitoral de Valença, de informação aos 56 mil eleitores sobre o processo. A população votaria em duas urnas, uma para as eleições gerais e outra para prefeito. Segundo o juiz Eleitoral do município, Cláudio Gonçalves Alves, um novo pleito para a escolha do prefeito só deverá ocorrer em 2011. Até lá, continua no comando da cidade o presidente da Câmara de Vereadores.

“O Tribunal Regional Eleitoral havia baixado uma resolução marcando a eleição suplementar para o mesmo dia das eleições gerais, uma medida sábia, pois nós usaríamos a mesma logística. Por conta disso, massificamos a propaganda com a população para esse tipo de eleição, que teria duas urnas em uma única seção. Mas o TSE baixou uma resolução impedindo a concomitância das duas eleições, por entender que haveria uma confusão para os eleitores com os dois pleitos”, disse.

O indeferimento da eleição à prefeito se deu com a cassação do diploma do prefeito eleito em 2008, Vicente Guedes, considerado pelo TSE como “prefeito itinerante”, por já ter sido duas vezes prefeito do município vizinho de Rio das Flores. O TSE considerou que, de acordo com a Constituição Federal, somente é possível a eleição para prefeito por duas vezes consecutivas.

Edição: Aécio Amado