Honduras é tema de reunião privada na ONU

22/09/2010 - 5h44

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Isolada na América Latina desde o golpe de Estado em junho de 2009, Honduras tenta a reinserção no cenário internacional. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, conversou ontem (21) com o presidente de Honduras, Porfirio Pepe Lobo, sobre a situação política e social no país. Lobo busca apoio da comunidade internacional para a reintegração de Honduras no cenário político. Ele já conta com o apoio dos Estados Unidos.

Moon colocou as Nações Unidas à disposição de Lobo para o restabelecimento da ordem e da proteção aos direitos humanos, além das garantias de combate à impunidade. As informações são da agência de notícias das Nações Unidas.

Na reunião, Moon e Lobo conversaram sobre os avanços promovidos pela Comissão para a Verdade e Reconciliação, formada por representantes de vários níveis da sociedade civil e indicações das Nações Unidas.

O objetivo da comissão é investigar as denúncias e apontar soluções para as acusações de violação de direitos humanos e desvios éticos supostamente cometidos por instituições públicas. A partir dessas ações, as autoridades hondurenhas confiam na possibilidade de reintegração de Honduras na Organização dos Estados Americanos (OEA).

Em 28 de junho de 2009, o ex-presidente Manuel Zelaya foi deposto por uma manobra política que contou com o apoio de setores do Congresso Nacional, da Suprema Corte e das Forças Armadas. Temporariamente assumiu a Presidência da República Roberto Michelleti, um dos líderes do movimento de deposição de Zelaya.

Cinco meses depois, em novembro, ocorreram as eleições presidenciais diretas em Honduras e Pepe Lobo venceu a disputa. Porém, para o Brasil e outros países é necessário que Lobo, além de restituir as garantias de preservação dos direitos humanos e a ordem nas instituições públicas, conceda anistia a Zelaya e aos aliados do ex-presidente. Acompanham o Brasil nessa posição a Argentina, o Uruguai, a Venezuela, a Bolívia e o Equador, entre outros países da região.

Edição: Graça Adjuto