Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ao discursar na próxima quinta-feira (23) em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deve defender a reforma urgente da atual estrutura do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O chanceler deve relembrar que o formato do órgão ainda segue o estabelecido no período do pós-2ª Guerra Mundial. Amorim será o primeiro a falar na 65ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
O Conselho de Segurança convocou duas sessões extraordinárias – nos dias 23 e 26. Criado em 1945, depois do fim da 2ª Guerra Mundial, o formato do órgão estabelece que cinco países tenham assento permanente e dez ocupem provisoriamente, por dois anos, as vagas.
Uma das propostas mais fortes é que, entre os seus integrantes permanentes, sejam incluídos mais dois países da Ásia, um da América Latina, outro do Leste Europeu e um da África. Atualmente são integrantes permanentes do conselho os Estados Unidos, a Rússia, China, França e Inglaterra. Já o Brasil, a Turquia, Bósnia Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, Áustria, o Japão, México, Líbano e Uganda são membros rotativos no órgão, com mandato de até dois anos.
É o Conselho de Segurança das Nações Unidas que autoriza a intervenção militar em um dos 192 países-membros da organização e também que estabelece sanções – como ocorreu ao Irã, em junho. Os conflitos e crises políticas são analisados pelo conselho, que define sobre o envio e a permanência de militares das missões de paz.
Em 9 de junho, apenas o Brasil e a Turquia, dos 15 países que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas, votaram contra as sanções ao Irã. O Líbano se absteve da votação, mas 12 países foram favoráveis às restrições. A comunidade internacional levanta suspeitas sobre o programa nuclear do Irã e a suposta produção secreta de armas atômicas. Os iranianos negam.
Edição: Graça Adjuto