Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Mais quatro dissidentes políticos cubanos vão ser libertados. A informação é da Igreja Católica em Cuba. Em comunicado, o arcebispo de Havana, Orlando Marquez Hidalgo, lembrou que já são 36 os dissidentes que ganharam a liberdade e vão para o exílio na Espanha. Eles fazem parte de um grupo, detido em 2003, durante uma ação do governo, que foi batizada de Primavera Negra.

Os presos que serão libertados agora são Nelson Molinet Espino, Héctor Raúl Hernández Valle, Miguel Galván Gutiérrez e José Miguel Martínez Hernández. Ainda não divulgada a data que eles deixaão Cuba. O assunto não foi mencionado pelo jornal oficial cubano, Granma, assim como nas ocasiões anteriores. No último dia 27, seis cubanos foram libertados.

Ainda restam 16 presos. Os dissidentes fizeram uma série de críticas ao governo do presidente de Cuba, Raúl Castro. Muitos reclamaram que não tiveram opção de escolher e que foram obrigados a seguir para a Espanha. Alguns afirmaram que preferiam ficar em Cuba.

Em julho, Castro negociou com o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero, e autoridades da Igreja Católica em Cuba a libertação de 52 dos 75 dissidentes políticos mantidos em prisões localizadas, em diferentes regiões do país.

A Anistia Internacional confirmou que os dissidentes foram presos no episódio conhecido como Primavera Negra. A entidade recomenda ainda que os dissidentes tenham condições de optar se querem permanecer em Cuba, seguir para a Espanha ou para outro país.

Edição: Lana Cristina