Material de construção é incluído na lista de produtos autorizados a entrar em Gaza

05/07/2010 - 19h08

Da Agência Brasil

Brasília – Depois de quase três anos impondo embargo econômico aos moradores da Faixa de Gaza, o governo de Israel anunciou hoje (5) um plano de redução das restrições. As autoridades divulgaram o relaxamento das medidas, mas mantêm a proibição de materiais de uso militar. Já os materiais de construção, até então vetados, serão autorizados, desde que com supervisão absoluta das autoridades. Apenas os produtos citados na lista serão permitidos. As informações são da agência BBC Brasil.

Recentemente, as autoridades israelenses liberaram a entrada de alguns tipos de alimentos, roupas, brinquedos e remédios básicos. A Faixa de Gaza, sob domínio do grupo palestino Hamas, é alvo de bloqueio israelense desde 2007.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Israel, a entrada de armamentos e munição em Gaza continuará proibida “em todas as circunstâncias”. Itens que podem ter tanto uso civil como militar – como produtos químicos, equipamentos de mergulho e certos metais, por exemplo – também continuarão com a entrada bloqueada.

Na lista dos materiais de construção que passarão a ter permissão de entrada sob supervisão estão cimento, cal, concreto, peças de aço e ferro e cabos. Esses materiais, no entanto, devem ser usados em projetos autorizados pela Autoridade Palestina e que tenham supervisão da comunidade internacional.

“Embora esses itens possam ser usados pelo Hamas para propósitos militares [como a construção de bunkers, posições fortificadas e túneis], Israel vai permitir sua entrada em Gaza para facilitar projetos de construção autorizados pela Autoridade Palestina e implementados e monitorados pela comunidade internacional”, informa o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

No final de maio, um ataque israelense a uma embarcação que levava ajuda à Gaza e que deixou nove ativistas turcos mortos suscitou condenação de boa parte da comunidade internacional e aumentou a pressão para que Israel mudasse sua política em relação ao território.

O título foi alterado//Edição: Lana Cristina