Casa da Moeda passa atuar com certificação digital

08/02/2010 - 16h29

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Casa da Moeda doBrasil (CMB) está, a partir de hoje (8), integrada ao grupo deempresas que atuam com certificação digital no país. Isso vaitrazer benefícios aos órgãos que trabalham em parceria com aestatal, como a Polícia Federal, e também aos cidadãosbrasileiros, disse o presidente da CMB, Luiz Felipe Denucci. A certificaçãodigital é usada para garantir um tráfego seguro de informaçõespela internet. A utilização dessa tecnologia diminui custos,ao mesmo tempo que reduz a burocracia e agiliza os serviçospúblicos.Denucci afirmou queos documentos de segurança emitidos pela Casa da Moeda necessitavamda certificação digital “para não serem questionados” nos diasatuais. “Era preciso que nós não dependêssemos de terceiros”,disse ele.O certificado digital acaba com o anonimato,garantindo a origem de mensagens e documentos e sua autenticidade. Oconteúdo é validado pelo Instituto Nacional de Tecnologia daInformação (ITI), do Casa Civil da Presidência da República. “O certificado jánasce com a validade jurídica e, somando-se a isso, o sigilo dainformação”, afirmou Denucci. Isso significa que qualqueroperação feita a partir dessa tecnologia eletrônica tem aautenticidade do emissor garantida.Denucci lembrou que oprocesso de modernização da CMB, com a adoção de tecnologia deponta, permitiu que a empresa lançasse, na semana passada, a novafamília de cédulas do real, prevendo a produção industrial já emdois meses. A nova família do realé “tão ou mais moderna que o euro ou o dólar”, enfatizou,acrescentando que a principal vantagem para o cidadão será asegurança dos documentos emitidos. “Quem recorrer à CMB comocertificadora vai saber que vai ter uma resposta rápida. E que asinformações que ela autenticar com segurança serão fidedignas ereconhecidas internacionalmente”. Denucci disse ainda quealém de entrar na era digital, a empresa vai instalar uma fábricade cartões inteligentes, selecionados pelo governo federal comoideais para suas transações. Nos próximos dois anos, a CMBpretende investir entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões para ter suaprópria sala cofre, para armazenamento de dados, consolidando-senesse segmento de negócio.A CMB passou a ser a 9ªautoridade certificadora de primeiro nível na cadeia daInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil).