Com 25% de inflação, Venezuela busca melhorar índices por meio de programas sociais

31/01/2010 - 10h29

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A partir da Constituição de 1999, a Venezuelana foi batizada de República Bolivariana da Venezuela. A formação política da Venezuela é diferente da do Brasil ocorrendo a coexistência de cinco Poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário, Cidadão e Eleitoral. A economia é guiada basicamente na exportação e importação de petróleo, além da produção agrícola. A inflação do país é a mais elevada da América Latina 25,1%, em 2009, podendo chegar a 30% ao ano. O governo do presidente Hugo Chávez divulga ter erradicado o analfabetismo que atingia 7% da população de cerca de 27,9 milhões de habitantes. Dados de 2005 indicam que 37,9% da população permaneceria na linha de pobreza e 9,1% são desempregados.Desde 2003, o governo do presidente Hugo Chávez usa excedentes da renda do petróleo obtidos pela companhia estatal PDVA – estatal venezuelana responsável pela exploração, produção e comercialização de petróleo. O petróleo é responsável por 94% da economia venezuelana. Para os críticos de Chávez, esta iniciativa viola a autonomia das instituições bancárias e da estatal, pois elevaria o controle do Estado sobre várias áreas.Segundo dados oficiais, os vários programas sociais implementados por Chávez reduziram os níveis de pobreza e desemprego no país, elevando a qualidade de vida. Uma das medidas foi a construção de pequenas clínicas de saúde. Nelas, instaladas principalmente no interior da Venezuela, há o apoio de Cuba com cerca de 15 mil médicos que atuam em equipes de atendimento familiar nas regiões mais pobres nas periferias das grandes cidades. Na educação, o governo Chávez promoveu a abertura das universidades para uma campanha nacional de alfabetização destinada aos adultos. Os críticos afirmam que há um caráter político no projeto e que a qualidade de ensino é questionável. Há, ainda, programas de ensino profissionalizante.Outro programa oficial é o dos supermercados subsidiados pelo governo que vendem mercadorias a preços inferiores para a população mais carente.