Representantes de empresas supostamente envolvidas em corrupção saem calados da PF

27/01/2010 - 14h37

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os dois representantes de empresas apontadas naOperação Caixa de Pandora como fornecedoras de dinheiro para umsuposto esquema de pagamento de propinas a políticos do DistritoFederal que foram ouvidos hoje (27) de manhã na Superintendência daPolícia Federal (PF) saíram sem dar declarações à imprensa.O primeiro a chegar foi o dono da CTISInformática, Avaldir da Silva, que estava amparado por habeascorpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para nãoresponder a perguntas. Depois do depoimento, Avaldir não quis falarcom os jornalistas. Nerci Soares, representante da Unirepro, outraempresa denunciada como integrante do esquema, deixou aSuperintendência da PF escondendo o rosto e também sem falar com aimprensa. Agora à tarde, deve ser ouvido o representante daInfoeducacional, Alexandre Assis Tavares. A empresa foi citada peloex-secretário de Relações Institucionais do Distrito FederalDurval Barbosa como uma das fontes do dinheiro da propina, que seriarepassado a políticos brasilienses em troca de apoio ao governolocal. O suposto esquema de pagamento de propina, que foidenunciado por Durval Barbosa em troca do benefício da delaçãopremiada, seria comandado pelo governador José Roberto Arruda.