Produtores de laminados plásticos querem manter preços do PVC importado

27/01/2010 - 12h34

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - AAssociação Brasileira da Indústria de Laminados Plásticos eEspumas Flexíveis (Abrapla) quer retirar o policloreto de vinila(PVC) da lista de produtos norte-americanos que terão as tarifas deimportação aumentadas. O produto é importado para complementar odéficit do material para as indústrias do setor.“Existeum processo de antidumping[combateà prática de dumping, que consiste em vender produtos abaixo dospreços adotados em determinado mercado]contra o PVC, e nosso cuidado é para que esse produto, que tem umcerto déficit nacional não entre na lista de retaliação que estásendo preparada pelo governo”.Aafirmação foi feita hoje (27) à AgênciaBrasil pelopresidente da Associação Brasileira da Indústria de LaminadosPlásticos (Abrapla), José Carlos Soares Freire, após reunir-se como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,Miguel Jorge.Em novembro do ano passado, o governo brasileirofoi autorizado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) a imporrestrições de até US$ 560 milhões às importaçõesnorte-americanas, como forma de retaliação aos subsídiosconcedidos pelo governo dos EUA aos produtores de algodão. Com isso,os produtos da lista que está sendo elaborada podem ter suas taxasde importação aumentadas em até 100 pontos percentuais.“OPVC representa 40% do custo de nossos produtos. Nós já compramostudo que é produzido pela indústria nacional e, portanto, nãopodemos penalizar a parte complementar. Só importamos o que aindústria daqui não tem condição de atender”, argumentou opresidente da Abrapla.A fim de enxugar a lista preliminar deprodutos norte-americanos que passarão a pagar mais para entrar noBrasil, o governo brasileiro vem consultando diversos setores. Oobjetivo é baixar para US$ 560 milhões as restrições que, nalista preliminar, chegaram a US$ 2,7 bilhões.