Chega a 64 número de mortes por causa de chuvas em São Paulo

27/01/2010 - 14h21

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - As fortes chuvas dos últimos dias fizeram mais uma vítima em São Paulo. De acordo com a Defesa Civil, uma mulher de 45anos morreu na região de Campinas (SP) após ser levada pela enxurrada. Ela é a 64ª vítima desde odia 1º de dezembro do ano passado por causa das chuvas.Ontem (26), o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrou 37 milímetros de chuva na cidade de São Paulo. Segundo o órgão, esse foi o segundo dia mais chuvoso de janeiro.Em todo o mês, o CGE já registrou 420,4 mílimetros de chuva. "É 76% a mais do que o esperado", afirmou o engenheiro doCGE, Hassan Barakat. Segundo o órgão, este é o mês de janeiro mais chuvoso dos últimos 15 anos. Graças às chuvas, os reservatórios de água estão praticamentecheios. Segundo o superintendente de produção de água da Sabesp, HélioLuiz Castro, duas represas podem transbordar caso as chuvas continuemintensas: Atibainha e Jaguari, onde as águas estão nos níveis dovertedores, mecanismos para que a água excedente possa sair. "A Sabespjá informou a Defesa Civil para tomar as providências caso existamfamílias próximas residindo à represa", explicou. Ainda de acordo comCastro, em 30 anos de existência das represas, elas só encheramcompletamente duas vezes. "Não haveria necessidade de fazer uma represamaior, seria desperdício de recursos: há anos em que chove mais, outrosmenos, mas é raro chegar a este ponto", explicou. "O problema não é aoperação da represa e, sim, a ocupação de áreas em que não haveria",disse. "A represa cheia é a melhor situação para o abastecimento público",pontuou. Segundo ele, a região metropolitana de São Paulo, que temaproximadamente 20 milhões de habitantes, sofre com a falta de recursoshídricos e este excesso de chuvas é a garantia do abastecimento de todapopulação. "Este ano não teremos estiagem", afirmou.