Líderes do PMDB se reúnem amanhã para confirmar indicação de Temer na chapa de Dilma

25/01/2010 - 17h23

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do governo noSenado, Romero Jucá (PMDB-RR), saiu em defesa do nome do presidenteda Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para vice em uma chapa àPresidência da República encabeçada pela ministra-chefe da CasaCivil, Dilma Rousseff. De acordo com Jucá, lideranças do PMDB vãose reunir amanhã (26) para articular um novo mandato de Temer comopresidente do partido e indicá-lo como único nome da sigla para achapa ao Palácio do Planalto.Jucá destacou que onome de Temer é o único capaz de unir o partido e que não haveráembate com os peemedebistas que defendem a candidatura própria dopartido à Presidência da República. “Acho que não haveráembate. Mesmo para aquelas pessoas que possuem posição divergente,esse não será o momento de discutir”, disse Jucá. “O partidoestá unido, e o Michel Temer mais do que qualquer pessoa representaa instituição”, disse o líder.A proposta dereconduzir Temer à presidência da legenda e de defender seu nomecomo único para vice da chapa a ser formada com o PT é uma respostaà sugestão apresentada pelo presidente da República, no anopassado, de que o PMDB poderia apresentar um “lista tríplice”para vice. “Nenhum partido deve se meter nas decisões internas doPMDB. O PMDB não veta ninguém e não quer ser vetado”, disse osenador, ao se referir ao episódio que teria desagradado Temer.Jucá disse que Lulanunca conversou sobre a lista tríplice com as lideranças do PMDB.“O presidente nunca conversou sobre isso com a gente. Não háimposição nenhuma e não há veto. Nós vamos definir o PMDB e o PTvai definir o PT. Vão haver conversas, mas não há veto.”Na definição dachapa, a base aliada ainda terá que equacionar o conflito com acandidatura de Ciro Gomes (PSB-PE). Jucá disse que deveráacompanhar Lula em uma conversa com Ciro na próxima quarta-feira.Embora o líder defenda que cabe ao PSB tomar a decisão sobre oassunto, ele considera que há questões para serem resolvidas pelabase aliada com o objetivo de “vencer as eleições no primeiroturno. "O PSB tem legitimidade para ter candidato, mas oimportante é unir a base e vencer no primeiro turno. O presidentevai a Pernambucano conversar com Ciro e eu vou junto”, disse opeemedebista.