Microsseguro vai inserir população pobre no mercado de seguro no Brasil, prevê CVG

01/01/2010 - 13h42

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O lançamento domicrosseguro, em 2010, vai alavancar as carteiras de seguros depessoas no país, avaliou em entrevista à AgênciaBrasil o presidente do Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro(CVG-RJ), Lucio Marques. “O microsseguro vai ter uma grande chance de atingir 100 milhõesde brasileiros da população de baixa renda, que estãosem acesso à cobertura de riscos, não sópessoais, como também de patrimônio”, disse Marques.O presidente da CVG-RJ estimou que o mercado segurador nacional comoum todo terá um fechamento bastante positivo em 2009, comexpansão entre 10% a 15%, em razão da crise financeirainternacional. Em 2010, ele acredita que o mercado vai continuarcrescendo. “Espaço a gente tem. Possibilidade de crescer nóstemos, principalmente nas carteiras de seguros de pessoas, porque nósestamos muito aquém da comunidade mundial”. Criada há 43anos com o objetivo de estimular o crescimento dos seguros de pessoasno Brasil, o CVG-RJ reúne empresas seguradoras, corretoras eassessorias de seguros que operam nesse segmento de seguros. Aentidade estimulou o surgimento de outros CVG em São Paulo, noRio Grande do Sul, Paraná e Espírito Santo. Segundoinformou Lúcio Marques, o faturamento das carteiras de segurosde pessoas no Brasil alcança em torno de US$ 12 bilhões/ano,correspondendo a cerca de 16% da população ativa,enquanto o mercado mundial atinge mais de 50% da populaçãoativa nessas carteiras. Somente nos Estados Unidos, o faturamento dosetor é de US$ 600 bilhões anuais. Os seguros depessoas englobam os ramos vida, previdência, saúde eacidentes pessoais, entre outros.A criação denovos produtos direcionados às classes C, D e E e a aberturado mercado de resseguros devem influenciar muito o mercado, analisouMarques. “Você deve ter muita concorrência positiva, deinteresse mais do consumidor do que do próprio mercado, eudiria”.Marques previu que o crescimento do mercadosegurador em 2010 e 2011 deverá repetir o patamar de 2009,porque não se tem ainda uma visão mais detalhada do quepode ocorrer no mundo pós-crise. “Acho que já seriabastante bom para o mercado de seguros”.