Brasil manda assistentes sociais e psicóloga para atender vítimas de estupros no Suriname

01/01/2010 - 14h50

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Duas assistentes sociais e uma psicóloga viajam segunda-feira(4) para o Suriname com o objetivo de prestar atendimento àsbrasileiras que teriam sido vítimas de estupro em ataque desurinameses a um grupo de 200 estrangeiros, entre eles brasileiros, namadrugada do dia 24 de dezembro na Região de Albina, a 150 quilômetros de da capital Paramaribo.De acordo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, umlevantamento preliminar aponta que 20 mulheres teriam sido violentadassexualmente. Elas permanecem no Suriname, segundo asecretaria, por estarem em situação irregular ou com medo de perder otrabalho e não quiseram retornar ao Brasil no vôo da Força Aérea Brasileira(FAB) que desembarcou em Belém (PA) com um grupo de 32 brasileiros -sendo 22 homens, nove mulheres e uma criança. Cinco feridos receberamatenção especial.As assistentes sociais e a psicóloga do Centrode Referência à Mulher Maria do Pará, e colaboradoras da secretaria,irão conversar com as vítimas e avaliar qual tipo de atendimento devemreceber. Na madrugada do dia 24 de dezembro,véspera de Natal, cerca de 300 marrons, (como são chamados os quilombolas no Suriname) atacaram um grupo de 200 estrangeiros, formadopor brasileiros, chineses e javaneses que viviam em Albina.Durante o ataque,houve agressões físicas, estupros e depredações. Há suspeitas depessoas desaparecidas e mortas, mas sem confirmação oficial. Novasameaças surgiram desde o ataque e, por questão de segurança, o governodo Suriname reforçou o policiamento nas áreas consideradas de risco. Os brasileiros foram retirados de Albina e orientados a evitaralgumas regiões da província. Os brasileiros estão hospedados em quatrohotéis de Paramaribo, com as despesas pagas pelo Ministério dasRelações Exteriores. A maioria vive ilegalmente no Suriname o quedificulta a identificação.