Mais da metade dos soropositivos que vivem no Brasil não trabalha

01/12/2009 - 10h44

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Pesquisadivulgada hoje (1º) pelo Ministério da Saúdeindica que 58% das pessoas que vivem com aids no Brasil nãotrabalham. Entre as mulheres, o índice chega a 62% e entre os homens, a 55%. Dados da Fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz), responsável pelo estudo, também revelam que mais de20% dos 1.260 pacientes ouvidos perderam o emprego após odiagnóstico da doença.Os homens citaram a aposentadoria pordoença (31,3%), a incapacidade para o trabalho (14,7%) eo recebimento de auxílio-doença (24,6%) como os principais motivos para não estarem trabalhando.Nogrupo das mulheres soropositivas, 28% são donas de casa, 15,4%foram aposentadas por causa da aids, 11% relataram incapacidade parao trabalho e 15,4% recebem auxílio-doença.Ospesquisadores analisaram ainda os principais fatores associados àautoavaliação do estado de saúde dos pacientescomo excelente ou boa. Fatores sociais como escolaridade e rendativeram impacto positivo.

De acordo com oestudo, soropositivos com pelo menos o ensino fundamental completotêm 70% mais chances de fazer uma boa avaliação de suasaúde do que aqueles com ensino fundamental incompleto. Quempertence às classes sociais A e B apresentam duas vezes maischances de ter boa avaliação do que os das classes D ouE.Jáo fato de estar aposentado por causa da aids, incapacitadopara o trabalho ou receber auxílio-doença diminui em55% as chances de uma boa autoavaliação do estado desaúde.