Decisão sobre punição a Arruda provoca racha no DEM

01/12/2009 - 20h24

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do DEM,deputado Rodrigo Maia (RJ), admitiu hoje (1°), após reunião daExecutiva Nacional do partido, que as denúncias de corrupçãoenvolvendo o único governador do partido, José Roberto Arruda, desencadearam “uma grave crise política na legenda”.Após decidir sozinhoque o governador do Distrito Federal terá direito a oito dias paraapresentar defesa em relação às denúncias de que seria, segundoinquérito da Polícia Federal, chefe de um suposto esquema depagamento regular a deputados distritais e assessores, Rodrigo Maiaafirmou que o DEM julgará o correligionário.“É preciso que opartido assuma sua responsabilidade, ao contrário de outros, quejogam para debaixo do tapete”, afirmou Maia. “[As denúncias]foram uma coisa muito ruim, de difícil defesa, que colocaram opartido numa crise difícil”, acrescentou.Para o senadorDemóstenes Torres (DEM-GO), autor do requerimento que pedia acassação sumária de Arruda, faltou coragem ao partido paraexpulsar Arruda. De acordo com ele, a decisão de conceder um pequenoprazo para a defesa do governador do DF, em vez de melhorar a imagemdo partido, poderá criar problemas judiciais à legenda.“O relator terá umdia para preparar o parecer e isso não está no regimento. Se ele[Arruda], por exemplo, requerer uma perícia em uma fita, comosó tem 10 dias, o relator vai indeferir. Indeferindo, serácerceamento de defesa”, argumentou Demóstenes.Na avaliação dodemocrata goiana, a melhor alternativa seria expulsar Arruda do DEM edar prazo para ele apresentar sua defesa. “Se expulsar agora, dá odireito de defesa, quase como um afastamento cautelar. O relatorteria 60 dias para fazer, lá na frente, a confirmação ou não daexpulsão sumária que é prevista no regimento”, ponderou osenador.