Natal deve ter menores taxas de juros desde 1994, estima Banco Central

25/11/2009 - 12h36

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar da alta dos juros registrada em outubro, atendência é que no Natal os consumidores paguem as menorestaxas da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 1994. Aafirmação é do chefe adjunto do Departamento Econômico do BC,Túlio Maciel. De acordo com Maciel, a alta dos juros observada em outubro deveu-se ao aumento do custo de captação dos bancos.Mas, segundo ele, com a expectativa deredução da inadimplência e por consequência do spread (diferençaentre o que o banco paga aos investidores, a taxa de captação,  e o que cobra dos clientes na hora doempréstimo), a previsão é de redução das taxas de juros cobradasdas pessoas físicas. Nos dados preliminares deste mês, até o dia 13,a taxa de juros geral caiu 0,6 ponto percentual em relação aoutubro e ficou em 35% ao ano. No caso das pessoas físicas, segundoMaciel, a taxa apresentou redução de 0,8 ponto percentual, passando para43,4% ao ano. Para as pessoas jurídicas (empresas), o recuo foi de0,3 ponto percentual, fechando em 26,1% ao ano. Maciel afirmou que o aumento dos juros registrado no mêsde outubro é “apenas um ponto fora da curva”. “Essa alta domês é pontual, esporádica”, disse. Mesmo com a expectativa de redução nos juros nestemês e em dezembro, Maciel disse que os consumidores devem sempreter cautela na hora de se endividarem, mas enfatizou que a decisãode pegar ou não um empréstimo é pessoal. Os dados preliminares também revelam que o spreadgeral apresentou redução de 0,7 ponto percentual, e estão em 25,3 pontos.No caso do spread das pessoas físicas, que em outubro chegoua 33,5 pontos, diminuiu 0,9 ponto percentual nos dadospreliminares de novembro. As  empresas, que tiveramspread de 17,7 pontos em outubro, ficaram com redução de 0,5 pontopercentual. O volume de crédito cresceu 1,5% em novembro, atéo dia 13, na comparação com o mesmo período de outubro. Asconcessões diárias de crédito no mesmo período de comparaçãotiveram alta de 4,4%. Para as pessoas físicas, a baixa foi de 0,5% epara as empresas, o aumento foi de 7,7%.