Comércio do Rio planeja aumentar contratações para o Natal e vender 10% a mais

10/11/2009 - 18h19

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A crise econômica já é assunto superado para os comerciantes do Rio de Janeiro, que estão contratando mais trabalhadores temporários para atender a demanda do final de ano e planejam vender 10% a mais do que no último Natal. A avaliação é do economista Christian Travassos, da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), que divulgou hoje (10) pesquisa que mostra a intenção dos comerciantes para o período.“Temos um avanço na contratação de temporários neste final de 2009, em comparação ao mesmo período do ano passado. Na região metropolitana são 31 mil pessoas contratadas de forma temporária, número que gira em 5,4% acima do registrado no ano passado”, citou o economista.A pesquisa foi feita com 1.442 empresários, dos quais 35,4% responderam que contratariam mais funcionários temporários para o fim de ano. Em 2008, o percentual dos que pretendiam contratar mais era de 33,6%. “A expectativa é termos um Natal melhor do que no ano passado. Aprevisão dos empresários é de um avanço na ordem de 10%”, destacou Travassos.Entre os fatores que explicam o otimismo dos empreendedores, segundo o economista, estão a retomada da confiança do consumidor, dos empresários e a sensação de que o pior da crise já passou. De acordo com a pesquisa, 84,5% dos empresários disseram que pretendem efetivar pelo menos um dos empregados temporários, seja por substituição ou para aumentar o quadro de funcionários.Travassos afirmou que o aumento nas contratações vai gerar um ciclo virtuoso no comércio, com aumento da massa salarial e geração novas vendas. “O ciclo virtuoso para voltarmos a crescer na casa dos 5% ou 6%, como vínhamos nos anos anteriores, é fundamental. É o ciclo de confiança". Segundo ele, o que acontece agora é o oposto do que ocorria no auge da crise.“No último trimestre do ano passado e nos três primeiros meses deste ano estávamos em uma tendência complicada, em que incertezas quanto ao futuro alimentavam um ciclo em que os empresários investiam menos e os consumidores consumiam menos. Quebrar este ciclo foi fundamental. Os governos agiram rápido, com medidas de incentivos fiscais e de injeção de crédito e renda”, avaliou Travassos.