Consumo das famílias não sustentará economia a médio prazo, avalia Fecomercio

11/09/2009 - 18h12

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O consumodas famílias não consegue sustentarsozinho o crescimento econômico a médio prazo, segundo o economista Altamiro Carvalho, da Federação doComércio de São Paulo (Fecomercio). O item foi o principal responsável pela retomada da economiabrasileira no segundo trimestre, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Eleatribuiu a "manutenção de um nível adequado deconsumo”, durante o período de crise, ao crescimento da massasalarial, proporcionado pelos programas de transferência derenda e incentivos tributários. De acordo com o economista,essas medidas beneficiaram o setor de serviços e comércio,permitindo que o país superasse o período turbulento daeconomia mundial.

Noentanto, Carvalho acredita que os fatores que permitiram ocrescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundotrimestre deste ano devem ser somados a outros, como aretomada dos investimentos.

Naavaliação do economista, a queda de 17% nos níveisde investimento no último trimestre, revelada pelos dadosdivulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), “se contrapõe” ao cenáriode melhora da economia.

Carvalho aponta a necessidade de haver uma diminuição daatual taxa básica de juros para permitir o aumento noinvestimento. “Tem que haver a percepção de queatualmente o risco inflacionário é muito baixo”,disse.