Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dirigentes do PSB manifestaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sua defesa em torno da existência de mais de uma candidatura à Presidência da República no ano que vem, como formade evitar uma surpresa desagradável no primeiro turno das eleições.O posicionamento do partido foi apresentado ontem (12), em jantar com Lula. Segundo o líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), o presidente defendeu, durante a reunião, uma candidatura única dos partidos da base aliada do governo, numa espécie de eleição plebiscitária. Mas, segundo ele, o PSB reafirmou sua disposição de ter candidato próprio à Presidência da República. “O presidente Lula disse que, no ano que vem, o governo vai ter muitas realizações para mostrar e que a economia estará dando sinal de recuperação”, relatou Casagrande.Segundo ele, o presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, afirmou que não houve discussão dentro do partido sobre a possibilidade do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) desistir de sua pretensão de disputar a Presidência da República ou ser candidato ao governo de São Paulo.Casagrande informou, ainda, que o partido acertou com o presidente Lula que fará uma avaliação do cenário político nacional  no início do próximo ano, até o mês de março, para, a partir daí, definir se haverá uma candidatura única dos partidos da base governista ou se haverá mais de um candidato. “Até março vamos avaliar e definir se continuamos com a candidatura do deputado Ciro Gomes ou da ministra Dilma Rousseff. Ou se vamos ter duas ou uma candidatura só”, disse Casagrande. Na sua avaliação, a conversa com o presidente Lula “foi ótima e atendeu totalmente às nossas expectativas”.Lideranças que estiveram na reunião contaram que o presidente Lula disse que respeita a posição do partido e que ele não tem o direito de pedir a ninguém para não ser candidato, até mesmo porque ele (Lula) já disputou diversas eleições.Participaram também do jantar o líder do partido na Câmara dos Deputados, Rodrigo Rollemberg (DF), o vice-líder na Câmara, Beto Albuquerque (RS), o ex-ministro Roberto Amaral e o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).