Rio de Janeiro terá cinco novos aterros sanitários nos próximos dois anos

28/07/2009 - 16h31

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governador do Rio, Sérgio Cabral, e a secretária do Ambiente,Marilene Ramos, assinaram hoje (28) contratos para elaboração deprojetos de instalação de mais cinco aterros sanitários no estado.Foram firmados também dois convênios para implementação desistemas de tratamento de esgoto nos municípios de Itaboraí e SãoGonçalo. Já foram definidas, mediante licitação, as empresasresponsáveis pela elaboração dos projetos, que deverão estarconcluídos até o final do ano. Marilene Ramos informou quea licitação para construção dos empreendimentos começará emnovembro e que o funcionamento dos aterros está previsto para 2011.“Os aterros vão beneficiar pelo menos 2 milhões de pessoas em 21dos 92 municípios fluminenses. Esses empreendimentos fazem parte doPacto pelo Saneamento, que tem como objetivo ampliar de 25% para 80%a coleta e tratamento de esgoto e acabar com os lixões em todo oestado no prazo de 10 anos."Os aterros serãoimplantados nas cidades de Saquarema, na Região dos Lagos, SãoFidélis, no norte fluminense, São Gonçalo, na região da Baía deGuanabara, em Vassouras, região do Vale do Café, e em Resende, naregião do Médio Paraíba. Os projetos custarão ao governo doestado em torno de R$ 10 milhões e as obras de cada aterro terãocusto de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões. A operação e a manutençãodos aterros ficarão a cargo das prefeituras beneficiadas, por meiode um consórcio. O governador Sérgio Cabral encorajououtras prefeituras a trabalhar em esquema de consórcios na soluçãodo problema dos resíduos sólidos. “A criação de consórciosevita que o município sede do aterro tenha que arcar sozinho com oscustos do local, que recebe o lixo de seus vizinhos também.”Ontem (28), em Teresópolis, foi inaugurado um aterro já nosmoldes de gerenciamento consorciado. Estão em processo de licitaçãodas obras mais três aterros consorciados nos municípios deParacambi, Quissamã e Vassouras.Existem hoje 46 lixões noestado do Rio que a secretária do Ambiente considera um verdadeirocâncer ambiental e social. “Já os aterros sanitários garantemque o lixo não contamine o subsolo, não se espalhe nas regiões doentorno e tratam o lixo de forma a não permitir a formação de maucheiro, a proliferação de moscas e urubus, além de dispensar oemprego de catadores de lixo.” Marilene Ramos disse que,futuramente, todos os aterros sanitários poderão captar gases parageração de energia. A secretária garantiu que a mão deobra dos catadores que hoje sobrevivem dos lixões seráreaproveitada em programas de coleta seletiva, financiados pelasprefeituras e pelo governo do estado.