Seminário vai discutir cultura como ramo da economia

27/07/2009 - 8h14

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Para discutir a cultura como negócio, além deoutros assuntos, como a Lei Rouanet, pirataria e direitos autorais, arevista Conjuntura Econômica, da Fundação Getulio Vargas, promovehoje (27), nesta capital, o 1º Seminário Nacional da Indústria daCultura.O editor da revista, Cláudio Conceição, revelou que o seminário vai começar adiscutir a cultura como negócio, aprofundando também os debatessobre as mudanças que o governo quer promover na Lei Rouanet, deincentivo à cultura.Atualmente, o governo aprova os projetos que serãoapoiados pela Lei Rouanet, mas não faz nenhum tipo deacompanhamento, o que ocorre somente na prestação de contas final.O governo está querendo ter agora um pouco maisde participação para verificar se o que foi aprovado no projeto foirealizado de fato. Com isso, evitará problemas como o remanejamentode verbas durante a realização do projeto apoiado. SegundoConceição, as empresas, de modo geral, resistem à mudança, porquenão querem a interferência do Estado nessa questão.Os técnicos da FGV observaram que a culturadeixou de ser um hobby e virou um negócio no Brasil.“A pessoa faz hoje cinema para ganhar dinheiro,faz coisas para disputar prêmio”.Cláudio Conceição afirmou que boa parte damelhoria da qualidade do cinema no Brasil está relacionado à lei deincentivo ao audiovisual. A cultura é também forte geradora deemprego e renda.“Deixou de ser uma coisa marginal”, disseConceição, para que, o problema é que o país ainda não teminstrumentos para medir o quanto a cultura gera de renda, devido afatores como a pirataria, por exemplo.