Paula Laboissière
Enviada especial
Santa Maria (RS) - NoHospital Universitário de Santa Maria (RS), pacientes com sintomasde qualquer tipo de influenza são tratados com Tamiflu. De acordocom o infectologista do hospital, Fábio Lopes, o remédio não estásendo usado de forma “indiscriminada”. Em entrevista à AgênciaBrasil, ele garantiu que não há risco de que o estoque dohospital fique comprometido diante da decisão de tratar outrospacientes também com Tamiflu.
O Ministério da Saúde informou que a orientação é prescrever o medicamentopara doentes em estado grave de todos os tipos de influenza, e não só para aqueles com o vírus H1N1, e para pessoas dos chamados grupos de risco (idosose mulheres grávidas).
Segundo Lopes, a estratégia de usar o Tamiflu éimportante porque o medicamento só tem efeito caso administrado nasprimeiras 48 horas. Hoje, a confirmação laboratorial da doenças tem demorado maisde uma semana.
Ao todo,dez pessoas estão internadas no hospital com suspeita da doença, três delas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Um dospacientes é uma mulher grávida de sete meses e que foi submetida auma cesariana antecipada na semana passada. O bebê também estáinternado na UTI pediátrica e se recupera bem – ele não contraiua doença, mas precisa ganhar peso para deixar o local e ir paracasa.
A demandano hospital, um dos centros de referência para o tratamento de gripesuína em Santa Maria, chegou a quase 100 pacientes por dia no inícioda pandemia. Agora, de acordo com o diretor Sérgio Pereria, ficaentre 50 e 60 consultas diárias. Todos os pacientes internados sobsuspeita da doença, segundo ele, chegaram ao hospital com umquadro de pneumonia, o que pode ser sinal do agravamento da gripesuína.