Órgãos de defesa sanitária tentam conter surto de peste suína na Ilha de Marajó

23/07/2009 - 16h09

Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Focos de peste suínaclássica detectados na última semana já mataramvários porcos em dois municípios da Ilha do Marajó(Pará) e obrigam as autoridades sanitárias a adotar providências paraque a doença não se alastre. Os primeiros casosocorreram em criações domésticas nos municípiosde Chaves e Afuá, na divisa do Pará com oAmapá. Em Afuá, a Superintendência Federal deAgricultura no Pará, vinculada ao Ministério daAgricultura, já confirma pelo menos 44 animais sacrificados. Em Chaves, o levantamento ainda não foi finalizado. Equipes de emergênciasanitária formadas por veterinários etécnicos da Agência de Defesa Agropecuária doPará (Adepará), com o apoio da SuperintendênciaFederal de Agricultura, estão na região para combater os focos dapeste. O trabalho, entretanto é dificultado pelas enchentes na ilha, que prejudicam a locomoção das equipesde uma propriedade para outra. Segundo a Superintendência Federal de Agricultura no Pará, há suspeita de focos emmuitas áreas alagadiças. É necessárioencontrar os animais nos campos, sacrificá-los, fazer a desinfecçãoe enterrá-los. Todos os animais infectados e suscetíveisà doença devem ser sacrificados.No Amapá, adoença já estaria na chamada fase de vazio sanitário.Foram sacrificados animais no raio de 10 km dos primeiros focos ecolocados outros como sentinelas. Caso estes não apresentemsintomas, o foco está controlado. A peste suínaclássica é também conhecida como febre suínaou cólera dos porcos. A doença é altamentecontagiosa. A probabilidade de propagação émaior em áreas com alta densidade populacional suína.Os surtos geralmente têm início quando suínosdomésticos entram em contato com material infectado originadode porcos silvestres. Uma das causas de infecção podeser a alimentação de suínos com lavagem.