Diplomatas concluem programa de imersão no agronegócio nacional

18/07/2009 - 11h17

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois de duas semanasvisitando fazendas, agroindústrias, uma usina decana-de-açúcar, um laboratório agropecuárioe o Porto de Paranaguá, os 23 diplomatas, que participaramdo primeiro Programa de Imersão de Diplomatas no Agronegócio,desenvolvido pelos ministérios da Agricultura (Mapa) e dasRelações Exteriores (MRE), disseram estar maispreparados para defender os produtos brasileiros nos países emque atuam. “O Brasil, comogrande fronteira agrícola, tem enfrentado cada vez maisproblemas, o que não é ruim, pois é no sentidode que tem conseguido entrar em cada vez mais mercados. Então,procuramos abranger os principais setores exportadores”, disse Eduardo Sampaio,diretor da Secretaria de Relações Internacionais doMapa, sobre o objetivo do programa. O ministro conselheiroArthur Nogueira, da embaixada do Brasil em Abu Dabi, nos Emirados ÁrabesUnidos, disse que os profissionais se perguntarampor que o programa não existia antes e se considerarambeneficiados pela iniciativa pioneira. Ele explicou que o trabalhodos diplomatas é promover os produtos brasileiros, protegê-loscontra barreiras tarifárias e negociar condições propíciaspara sua entrada em outros países, e que as visitas mostraramcomo poderão fazer isso.“O que o OrienteMédio mais tem é dinheiro, então, podemos trazerinvestimentos deles no agronegócio brasileiro, pois elesprecisam de produtos agropecuários”, afirmou Nogueira. Regina Bittencourt, conselheira da Embaixada do Brasil na Inglaterra, disse que, conhecendo melhor osetor agropecuário, os diplomatas estarão mais aptospara enfrentar os debates comerciais. “O programa nos dámunição para essa luta constante contra medidasprotecionistas não declaradas, medidas ambientais falsas, pararebater alguns argumentos levantados contra o mercado brasileiro”,afirmou.De acordo com Ricardo Monteiro, chefe da Divisão de Agricultura e Produtos de Base do Ministério das Relações Exteriores, até o fim do ano deve ser concluído o processo de seleção para oito adidos agrícolas, que atuarão nas embaixadas brasileiras localizadas nos principais mercados compradores dos produtos do agronegócio nacional.