Exportações de carne bovina in natura mostram sinais de recuperação

08/07/2009 - 16h07

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As exportaçõesde carne bovina in natura começam a dar sinais derecuperação. Dados da AssociaçãoBrasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec)mostram que, em junho, o país exportou 132 mil toneladas,volume 9% maior do que o comercializado no mesmo mês de 2008. Aqueda da receita cambial com as vendas também vem diminuindoem relação ao ano passado. No primeiro trimestre elachegou a 34%, caindo para 29% no semestre e 14%, considerando apenas omês de junho.As vendas de carne bovina in natura para o exterior no mês passado contribuírampara a balança comercial com US$ 289 milhões, enquantoo acumulado do semestre ficou em US$ 1,36 bilhão. O diretorexecutivo da Abiec, Otávio Cançado, disse, por meio denota, que o pior da crise já passou e que a oferta de créditospara exportação volta ao normal, assim como os mercadostambém estão se reaquecendo.

“Houveuma retração mundial na economia. Por isso, houve umreflexo no desempenho das exportações de carnebrasileira. O Brasil é o maior exportador de carne do mundo etem condições de se manter na liderança: bastaa economia mundial voltar ao patamar em que estava antes desetembro de 2008”, disse Cançado. A Abiec tambémressaltou que, no auge da crise, o dólar chegou a R$ 2,50 ehoje se encontra cotado em R$1,99, além do preço médioda carne ter caído em torno de 14%.

Omaior comprador da carne bovina in natura brasileira continuasendo a Rússia, que adquiriu, de janeiro a junho, 237 miltoneladas, gerando uma receita de US$ 410 milhões para o país. A cidade de Hong Kong, região administrativa especial da China, aparece em segundo lugar, seguida por Egito e Argélia.

Omercado chileno é uma das esperanças para maior expansão das exportações no segundo semestre. Depois deembargar a carne brasileira em outubro de 2005, apenas em abril desteano, alguns frigoríficos brasileiros foram reabilitados paravender àquele país. A Abiec, entretanto, considera que ocomércio entre os dois países ainda está muitoaquém do que era praticado antes do embargo.

Paratentar agilizar a retomada dessas exportações,representantes da Abiec realizarão, a partir de hoje (8), reuniõesem Santiago do Chile, com a participação de empresários,secretários de estado, proprietários de restaurantes,críticos gastronômicos e repórteres.