Sarkozy: são mínimas as chances de que sobreviventes sejam encontrados

01/06/2009 - 17h23

Carolina Nogueira
Especial para EBC
Paris (França) - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, esteve esta tarde com cerca de 20 parentes de passageiros do avião da Air France que saiu ontem (31) do Rio de Janeiro com destino a Paris e desapareceu na madrugada de hoje (1º). São pessoas que, ao longo do dia, se dirigiram ao Aeroporto Internacional Charles de Gaulle em busca de notícias e que ficaram sob os cuidados de um escritório especial de crise instalado pela Air France. Em um pronunciamento na saída do aeroporto, Sarkozy explicou que disse a verdade às famílias: são mínimas as chances de que sobreviventes ainda sejam encontrados.“Trata-se de um evento dramático, um acidente trágico. É uma catástrofe como a companhia Air France jamais conheceu”, afirmou o presidente, que esteve no aeroporto acompanhado do ministro de Energia, Jean-Louis Borloo, do ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, e de Dominique Bussereau, secretário de Estado para o Transporte.Por volta das 19h, horário local, a Air France divulgou um boletim oficial com a nacionalidade de cada um dos passageiros a bordo do vôo AF 447 – entre os quais estão 61 franceses e 58 brasileiros (incluídos os passageiros com dupla nacionalidade). A lista dos nomes dos passageiros ainda não foi divulgada pela companhia.A hipótese de que o avião tenha sido atingido por um raio, levantada por fontes da própria empresa Air France, é desacreditada por especialistas franceses em aviação civil. Eles explicaram que acidentes meteorológicos dessa natureza não costumam causar maiores danos em aeronaves e reforçaram que o Airbus A330 é dotado de um complexo sistema de emergência acionado em caso de panes elétricas. “É preciso muito cuidado ao se fazer qualquer tipo de prognóstico com tão poucos indícios como os que temos agora”, afirmou o especialista em aeronáutica civil Pierre Sparaco.