Líder do PSDB diz que Operação Castelo de Areia ocultou superfaturamento da Petrobras

31/03/2009 - 19h10

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), afirmou hoje (31) que a divulgação de nomes de parlamentares que receberam da empreiteira Camargo Corrêa doações legais para campanhas eleitorais, investigada pela Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, teve como objetivo “jogar uma cortina de fumaça” para desviar o foco de superfaturamento na construção da refinaria  Abreu e Lima, da Petrobras, em Pernambuco.“Posso estar muito equivocado, mas parece que jogaram uma cortina de fumaça para criminalizar doações legais e evitar a investigação de superfaturamento da refinaria de Pernambuco”, disse o senador, em plenário. Ele citou um parecer do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Valmir Campello, que julgou superfaturados os preços pagos pela Petrobras na construção da refinaria em Pernambuco.Momentos antes, em entrevista, o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), considerou “precipitada” a divulgação de nomes de parlamentares que receberam doações da empreiteira. Ele citou, por exemplo, os casos dos senadores José Agripino Maia (DEM-RN) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que apresentaram os recibos de prestação de contas feitas à Justiça Eleitoral dos recursos recebidos da Camargo Corrêa.