Cidades brasileiras vão apagar as luzes em protesto mundial contra o aquecimento global

28/03/2009 - 1h34

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O CristoRedentor, no Rio de Janeiro, e a Esplanada dos Ministérios, emBrasília, terão as luzes apagadas na noite de hoje (28)como parte de um protesto mundial com o objetivo de alertar para os impactos dasmudanças climáticas. Pela primeira vez, o Brasil vai sejuntar a 84 países na chamada Hora do Planeta,mobilização liderada pela organizaçãonão-governamental WWF.NoBrasil, o apagar das luzes está marcado para o período das 20h30 às 21h30 deste sábado.

Oobjetivo, de acordo com os organizadores, é chamar a atençãodos governantes mundiais e pedir decisões mais incisivas nanegociação do novo regime global de emissões degases de efeito estufa, que terá uma rodada definitiva emdezembro, em Copenhague (Dinamarca). Na reunião, 192 paísesdeverão decidir um substituto para o Protocolo de Quioto.

“Omundo hoje vive uma crise climática, parte de uma criseambiental, que está relacionada com a crise econômica.Essa crise ambiental já está gerando conseqüênciasque estamos vendo no nosso dia-a-dia. Queremos soluçãopara um planeta melhor”, afirmou o superintendente de Conservaçãopara Programas Regionais do WWF Brasil, Claudio Maretti.

Em todo omundo, o ato simbólico deverá mobilizar cerca de 1bilhão de pessoas. Monumentos como as Pirâmides doEgito, a Ópera de Sidney e a Torre Eiffel, em Paris, apagarãoas luzes. Parte do letreiro da Times Square, em Nova York, e ailuminação do Estádio Olímpico Ninho doPássaro, em Pequim, também serão desligadosdurante o protesto.

NoBrasil, 79 cidades aderiram à mobilização. NoRio de Janeiro, além do Cristo Redentor, o Pãode Açúcar e o Aterro do Flamengo vãoapagar as luzes. Em São Paulo, a Ponte Estaiada também deveráficar às escuras contra o aquecimento global.

Alémdas cidades, mais de 600 organizações brasileiras –entre empresas, ONGs, bancos, escolas – também secadastraram e deverão aderir ao movimento, segundo dados doWWF. A expectativa é mobilizar 30 milhões de pessoas emtodo o país.

“Aprincipal mensagem não é o quanto vamos economizar deenergia, o que também é importante, mas oimpacto visual. É um recado para mostrar que temos que cobrardo governo brasileiro e de todos os governos do mundo posiçõesmais responsáveis nas decisões sobre o clima”,acrescentou Maretti.