Presidente da CNI defende maior queda dos juros para país sair da crise

10/03/2009 - 20h28

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A queda do Produto Interno Bruto (PIB), no último trimestre de2008, “explicita a intensidade dos impactos da crise econômica globalsobre a economia brasileira e a urgência de se implementar medidas decombate a seus efeitos”, afirmou hoje (10) o presidente da ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto. De acordocom ele, os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), com queda de 3,6% no último trimestre de 2008 emrelação ao trimestre anterior, de julho a setembro,  mostram a necessidade de ações mais intensas e abrangentes para se evitar a instalação de um processo recessivo no Brasil.Comoo Comitê de Política Monetária (Copom) deve divulgar amanhã (11) novaredução da taxa básica de juros (Selic), Monteiro aproveitou paramandar um recado. Ele disse que "é crucial aproveitar, na plenitude, oespaço que existe na política monetária e promover, no curto prazo,reduções de juros mais intensas”. E acrescentou que “esse é ocomportamento comum a todas as economias mundiais, nas quais o risco derecessão é muito superior ao risco de inflação”. SegundoMonteiro Neto, a conjugação da inédita crise de crédito com retração docomércio internacional, mais as perspectivas de prolongada recessãomundial e a forte reversão de expectativas, causaram a abruptainflexão na trajetória de crescimento do PIB nacional, que é a soma detodas as riquezas produzidas no país. Ele lembrou que o setorindustrial foi duramente afetado, com queda de 7,4% na comparação com oterceiro trimestre, após o ajuste sazonal. “As dificuldades com ocrédito e com as exportações levaram à suspensão parcial da produção emsegmentos importantes da indústria, com reflexos nas cadeias produtivase nas expectativas”, explicou o presidente da CNI.