Escolas do Grupo A empolgam o público no carnaval do Rio de Janeiro

22/02/2009 - 13h39

Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com ingressos a preços mais baratos que os dos desfilesde hoje (22) domingo e segunda-feira (23) e a participação de agremiações de bom nível –algumas delas já estiveram várias vezes no grupo especial – o desfile dasescolas de samba do grupo de acesso A vem atraindo cada vez mais público à Passarela do Samba da Marquês de Sapucaí no sábado de carnaval, no Rio de Janeiro.Este ano, o primeiro de vigência da recém-criada Liga dasEscolas do Grupo de Acesso (Lesga), dez escolas se apresentaram, num desfileque começou com um atraso de 25 minutos, às 20h25m, e terminou já na manhãde hoje.A SãoClemente, escola do bairro de Botafogo, na zona sul carioca, abriu o desfilecontando no enredo O Beijo Moleque da São Clemente, a saga de um menino negro,Benjamin Oliveira, que foge de casa atraído pelo circo e se torna o rei dospalhaços do Brasil. A Estácio, segunda escola a desfilar, empolgou o público doSambódromo  com o enredo Que ChitaBacana, uma homenagem a um tipo de tecido, a chita,  bastante usado no Brasil, principalmente em fantasias do maracatue festas folclóricas. Os destaques da Estácios foram o carro alegórico representando onavegador Vasco da Gama, que trouxe o tecido da Índia para a Europa, e abateria da escola, com 300 ritmistas comandados pelo mestre Ciça.Atrajetória do político Leonel Brizola, o gaúcho que governou por duas vezes oestado do Rio de Janeiro, que  foi otema da Inocentes de Belford Roxo, agremiação da Baixada Fluminense. Entre osdesfilantes, vestido com uma camiseta da diretoria de Harmonia, estava oministro do Trabalho, Carlos Lupi, também presidente do PDT, partido fundadopor Brizola.O enredo exaltava a importância dada pelo ex-governador àeducação e um dos carros alegóricos reproduzia um Ciep, modelo de escola detempo integral implantado em seu governo. A Inocentes de Belford Roxo, noentanto, teve problemas em sua apresentação. Devido ao atraso na entrega dasfantasias, cerca de 50 componentes não puderam desfilar.A históriado Cassino da Urca foi o enredo da Paraiso do Tuiuti, que aproveitou o temapara falar da questão do jogo no Brasil, inclusive a proibição. Já a Império daTijuca reeditou um enredo que havIa apresentado na década de 70,  MestreVitalino, o artista pernambucano do barro. Sexta escola a desfilar, a União daIlha do Governador também agradou Ao público com o enredo Viajar é Preciso, que retratava osgrandes viajantes da história, reais ou imaginários, como Julio Verne. SantosDumont também estava representado, num carro alegórico que reproduzia o 14Bis, o primeira aparelho mais pesado que o ar a voar com propulsão própria.AAcadêmicos da Rocinha foi outra escola a empolgar o público nas arquibancadas, descrevendocom originalidade criatividade Rio deJaneiro por meio das charges, com o enredo Tem Francesinha no Salão...O Rio do Meu Coração. A Renascer de Jacarepáguá abordou o tema dos transportes no enredo Como Vai, Vai Bem? Veio a Pé ou Veio de Trem, em que o destaque foram asalegorias humanas, uma característica do carnavalesco Paulo Barros. AAcadêmicos de Santa Cruz trouxe muito verde para a Passarela do Samba, com seu enredo deinspiração ecológica  SOS Planeta Terra – Santuário da Vida. Encerrandoo desfile, já de manhã e com um público pequeno no Sambódromo, a Caprichosos dePilares fez uma apresentação correta, como tema No Transporte da Alegria, Me Leva Caprichosos a Caminho da Folia.