Inflação semanal recua e tem menor variação desde dezembro, mostra FGV

16/02/2009 - 9h41

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou redução no ritmo de alta, na segunda semana de fevereiro, com a taxa de 0,59% ante 0,81%, na primeira semana. Foi a menor variação desde a quarta semana de dezembro do ano passado, quando registrou 0,52%. Dos sete grupos pesquisados, apenas o de vestuário apresentou deflação de 0,74%, acentuando a variação negativa anterior, de -0,27%. Mas, com exceção de saúde e cuidados pessoais, que teve alta de 0,52% ante 0,43%, os demais itens indicaram desaceleração.As principais contribuições para o recuo inflacionário foram constatadas nos grupos alimentação e educação, leitura e recreação. Os alimentos subiram em média 0,81%, taxa inferior a registrada na primeira semana do mês (1,16%), com destaque para a redução de preços das frutas (de 3,31% para 0,22%). E em educação, leitura e recreação, os técnicos verificaram avanço de 1,93% ante (2,91%). Neste caso, a desaceleração se deve à queda nos cursos formais (de 4,71% para 2,98%).Em transportes, a taxa passou de 0,66% para 0,54% sob a influência da diminuição no peso das tarifa de ônibus urbano (de 1,44% para 1,18%). No grupo habitação, o índice atingiu 0,27% ante 0,29% ao que é atribuído ao gás encanado (de 6,67% para 4,09%) e em despesas diversas foi registrado alta de 0,39% ante 0,44%, com destaque para o preço da cerveja (de 2,11% para 1,79%).O levantamento mostra que as cinco maiores altas ocorreram em processo de desaceleração. Ou seja, subiram em índices menores na segunda semana de fevereiro do que na anterior: tarifa de ônibus urbano (de 1,44% para 1,18%), manga (de 34,67% para 34,03%), batata-inglesa (de 12,52% para 8,96%), abacaxi (de 19,75% para 18,89%) e curso de ensino superior (de 2,49% para 2,05%).Já as maiores baixas foram verificadas nos preços do mamão papaia (de -6.94% para -11,94%), do limão (de -34,64% para -33,85%), do tomate (de -13,52% para 9,39%), do pimentão (de -13,95% para -15,20%) e da goiaba (de -10,26% para -12,00%).