Relatório preliminar sobre acidente com avião no Amazonas deve sair em dez dias

09/02/2009 - 0h40

Danilo Macedo
Enviado Especial
Manaus (AM) - Um relatóriopreliminar sobre as possíveis causas do acidente com o aviãoBandeirante que caiu num rio próximo ao município deManacapuru, a 68 quilômetros de Manaus, matando 24 pessoas,deve ser divulgado em dez dias. Segundo a tenente Gabriela, doComando da Aeronáutica de Manaus, durante esse períodoos investigadores do Centro de Investigação e Prevençãode Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) que estão na regiãodevem analisar o local do desastre e a aeronave, além de ouvir os quatro sobreviventes.De acordo com atenente, os investigadores têm até um ano para fechar orelatório final do acidente. “Mas deve ser concluídobem antes”, comentou. Entre as possíveis causas levantadaspara o acidente, além do excesso de peso, já que oavião transportava 28 pessoas, enquanto a lotaçãomáxima era para 20, estão a falta de combustívele o uso de querosene adulterado. Um dos sobreviventes disse que umadas hélices da aeronave parou de funcionar antes da queda.Segundo o comandante doCorpo de Bombeiros do Amazonas, coronel Antônio Dias, a queda do aviãoocorreu entre as 13h e as 14h de sábado, próximo à Ilha de Monte Cristo, na região do município deManacapuru. A aeronave teria embicado na água e, por isso,apenas quatro passageiros que estavam sentados mais atrás,incluindo uma criança de 9 anos, conseguiram se salvar pelasaída de emergência.A AgênciaNacional de Aviação Civil (Anac) informou que a obrigaçãode controlar a quantidade de passageiros é do piloto, o quenão retira a responsabilidade da empresa proprietáriada aeronave. Ainda assim, especialistas dizem que mais importante doque a quantidade de passageiros é saber o peso que o aviãotransportava.O vice-presidente daManaus Aerotaxi, Marcos Pacheco, disse que o excedente depassageiros era composto por crianças de colo. Uma portaria daAnac de 2000 permite que se transporte até 30% a mais depassageiros crianças com até dois anos. Na aeronave quecaiu, no entanto, havia crianças com mais de 7 anos viajandono colo.