Morre deputado federal Adão Pretto, defensor da reforma agrária

05/02/2009 - 8h33

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado federal AdãoPretto (PT-RS) morreu hoje (5), aos 63 anos, devido a complicaçõesde uma pancreatite. A morte ocorreu às 7h50 no Centro deTerapia Intensiva do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Elehavia sido submetido a uma cirurgia para retirada do pâncreas. Adão Pretto foium dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra(MST), no Rio Grande do Sul. Em 1980 filiou-se ao PDT e, em 1985,entrou para o PT, partido pelo qual se elegeu deputado estadual noRio Grande do Sul. Em 1991, tomou posse, pela primeira vez, comodeputado federal, e manteve-se no cargo por mais cinco mandatos.O velório serárealizado a partir das 9h30 na Assembléia Legislativa do RioGrande do Sul. A família ainda não decidiu onde seráo sepultamento. Há uma proposta do MST para que AdãoPretto seja sepultado em um assentamento do movimento. Hoje, em Brasília,a partir das 17 horas, entidades de direitos humanos e de luta pelareforma agrária vão realizar um ato em homenagem aodeputado no Centro Cultural Brasília, localizado na Asa Norte.Entre as entidades estão a Confederação Nacionaldos Bispos do Brasil (CNBB), o MST, ConfederaçãoNacional Trabalhadores na Agricultura (Contag) e Via Campesina.A principal bandeirapolítica de Adão Pretto foi a reforma agrária.Ele é autor do livro Queremos Reforma Agrária,Editora Vozes, 1987. Adão Pretto participou das ComunidadesEclesiais de Base (CEBs) e da Comissão Pastoral da Terra(CPT), instituições ligadas à Igreja Católica.Chegou à presidência do Sindicato dos TrabalhadoresRurais de Miraguaí, cidade onde nasceu. A vaga deixada porAdão Pretto, na Câmara poderá ser ocupada pelaex-senadora Emília Fernandes, também do PT.