Lula reúne ministros para discutir medidas de combate à crise

02/02/2009 - 5h00

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne hoje (2) toda a equipeministerial para discutir medidas de combate à crise financeiramundial, cortes no Orçamento da União de 2009 e o Programa deAceleração do Crescimento (PAC). A primeira reunião do ano serárealizada na residência oficial da Granja do Torto.Entreas medidas para conter os efeitos da crise, o governo prepara um pacotede estímulo para a construção civil, setor com grande capacidade degeração de empregos. Oplano seria lançado na semana passada, mas foi adiado porque opresidente Lula quer reduzir ainda mais o custo do financiamentohabitacional para o brasileiro e conceder mais facilidades às famíliascom renda inferior a cinco salários mínimos (até R$ 2.075), faixapopulacional com dificuldade para comprar imóvel, como  afirmou oministro do Planejamento, Paulo Bernardo. A meta do governo é financiar 1 milhão de novos imóveis até 2010.  É a segunda vez que Lula convoca o ministério para debater a crise. O primeiro encontro ocorreu em novembro do ano passado.Sobreo corte no orçamento, Paulo Bernardo detalhará para os colegas ocongelamento previsto de R$ 37,2 bilhões e em quanto cada pasta seráafetada. A pedido do presidente Lula, o ministro disse que fechará ascontas somente depois de conversar com os ministros. Mas já prevê “choradeira” dos colegas, pois não será possível atender todas asdemandas.  “Vamostentar não desagradar todo mundo, mas agradar todo mundo não tem amenor possibilidade. Acredito que a choradeira vai ocorrer depois dareunião. Vamos chamar os ministros e conversar sobre a pasta de cadaum. Precisamos manter o orçamento equilibrado”, disse o ministro noúltimo dia 27, quando anunciou o corte provisório.Oandamento do PAC é outro assunto da reunião ministerial. O balanço dedois anos do programa deverá ser feito oficialmente na quarta-feira (4) pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.No último balanço, realizado em outubro do ano passado, o governo já havia concluído 9% dos projetos, total de 193 obras, com custo de R$ 30,6 bilhões.  Naocasião, Dilma Rousseff afirmou que 83% das obras estavam com bomandamento, 7% em estado de atenção e 1% em situação preocupante. O PACprevê investimentos de cerca de R$ 503 bilhões, principalmente, emobras de infra-estrutura.