Fórum Econômico Mundial recomenda investimento em etanol

29/01/2009 - 16h47

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Pelomenos US$ 515 bilhões devem ser investidos anualmente eminfra-estrutura para geração de energia limpa até2030. Caso contrário, as emissões de carbono atingirãoníveis insustentáveis e a temperatura global subirádois graus. O alerta consta em relatório divulgado hoje (29)pelo Fórum Econômico Mundial, que reúne 2.500lideranças empresariais e políticas de diversos paísesna cidade suíça de Davos. O etanol de cana-de-açúcar –produzido pelo Brasil – aparece entre os oito itens identificadospelo documento como potenciais para investimentos. Outros segmentosque podem contribuir para a mudança da matriz energéticado planeta são as energias solar, eólica e geotermal, olixo sólido reciclado e os biocombustíveis de celulosee de biomassa.O relatório, chamado Investimento Verde:Rumo a uma Infra-Estrutura de Energia Limpa, também traçaum mapa dos investimentos no setor nos últimos anos. Odiagnóstico é positivo. O total aplicado em fontesalternativas de energia passou de US$ 30 bilhões em 2004 paramais de US$ 140 bilhões em 2008. Outra constatação interessante éque os países em desenvolvimento passaram a atrair maisinvestimentos. Em 2004, haviam sido aplicados US$ 1,8 bilhãoem programas de energia limpa nesses países, o equivalente a13% do total investido no planeta. Em 2007, essa fatia subiu para23%, com US$ 26 bilhões.“O desafio de curto prazo para os formuladoresde políticas públicas é manter, nesses temposdifíceis, o extraordinário momento da indústriade energia limpa. Para isso, devem usar todas as ferramentas àsua disposição”, ressalta o relatório. O documento defende ainda a inclusão demetas de longo prazo, como um sistema de energia sustentável,nos pacotes de enfrentamento à crise financeira internacional.“O desenvolvimento de tecnologia de energias renováveis, oadequado isolamento térmico de lares e escritórios e aeducação de uma nova geração deengenheiros, técnicos e cientistas devem fazer parte dequalquer programa de estímulo fiscal”, recomenda orelatório.