Brasil e São Tomé e Príncipe assinam acordo de cooperação nas áreas de educação e pesca

20/01/2009 - 18h35

Da Agência Brasil

Brasília - O Brasil e São Tomé e Príncipefirmaram hoje (20) acordos de cooperação no setor depesca e educação. O acordo, assinado após areunião entre o ministro das Relações ExterioresCelso Amorim e o ministro dos Negócios Estrangeiros de SãoTomé e Príncipe, Carlos Alberto Pires Tiny, prevêo intercâmbio de assistência técnica, pesquisa eprogramas de colaboração entre os dois países. De acordo com o ministro da Secretaria Especial deAqüicultura e Pesca (Seap), Altemir Gregolin, que tambémparticipou do encontro, esse acordo cria bases legais para que oBrasil possa ampliar a cooperação em váriasáreas da pesca.Segundo ele, a atividade pesqueira em SãoTomé e Príncipe gera 30% dos empregos formais. Porisso, o Brasil vai auxiliar o país africano no monitoramentode estoques pesqueiros e estabelecimentos de normas e de regras depreservação desses estoques.“Nós encaminhamos no ano passado umaequipe técnica a São Tomé e Príncipe. Játemos um diagnóstico e, a partir disso, vamos cooperar,começando pelo apoio na elaboração do Plano deDesenvolvimento da Pesca e Aqüicultura desse país”,disse.Gregolin informou que o processo de cooperaçãodeverá ser iniciado nos próximos dois meses. “Nós,primeiro, temos um compromisso político de cooperaçãopela amizade, e pela relação que os paísesafricanos têm com o Brasil. Além disso, esses acordosabrem portas na área de comercialização depescado, na de transferência de tecnologia e na área deinvestimentos no setor produtivo”, disse.O ministro informou que a Petrobras poderáauxiliar o país africano na extração depetróleo. “Foi levantada a hipótese da Petrobras terum técnico que possa ir a São Tomé e Príncipe,e permanecer por alguns meses fazendo diagnósticos dasituação, buscando criar as condiçõespara fazer a transferência de tecnologia”, afirmou.Segundo o Gregolin, o acordo assinado hoje tambémabrange o setor de educação, pois além de ajudarna formação de professores em São Tomé ePríncipe, o Brasil vai colaborar na reorganizaçãodo ensino superior do país africano.“O ensino lá é todo privado e háuma dificuldade do país de garantir qualidade, de estabelecercritérios e exigências, e monitorar, cobrar das empresasque tem as escolas particulares de garantir um ensino de qualidade. Oministro Celso Amorim se comprometeu a colocar alguém doMinistério da Educação lá”, disse.