Centrais sindicais vão ao Planalto pedir redução de impostos e da taxa de juros

19/01/2009 - 18h35

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aochegar ao Palácio do Planalto para reunião com opresidente Luiz Inácio Lula da Silva, os dirigentes dasprincipais centrais sindicais brasileiras afirmaram que cobrariamdele a redução da taxa básica de juros (Selic),de impostos e do superávit primário e tambémque o crédito chegue às micro e pequenas empresas paraevitar demissões por causa da crise financeira mundial. Parao presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ArturHenrique, a hora é do Banco Central adotar políticaousada e reduzir mais a Selic, que hoje está em 13,75% ao ano.“Para vocês verem, 1% na redução da taxa dejuros representa R$ 15 bilhões a mais na economia”, disseele, reforçando que o Banco Central precisa de umaproposta muito mais ousada de queda dos juros. Opresidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, defendequeda de dois pontos percentuais na taxa e juros e propõeaumentar para até dez parcelas o seguro-desemprego, retroativoa dezembro passado. “Isso para garantir alguma sobrevida para aspessoas que são demitidas”, explicou. Segundoo sindicalista, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) tem recursospara bancar mais parcelas. Ele informou que vai sugerir ao presidenteaumento de 15% no salário mínimo. Outraproposta dos sindicalistas é criar um banco de horas nospróximos três meses sem redução dosalário, ou seja, os trabalhadores ficariam devendo horas detrabalho ao empregador. Elas seriam usadas quando a economiaestivesse aquecida. “Reduzir salário, reduzir renda éum tiro no pé, é contra quem quer fazer proposta parasair da crise”, afirmou Henrique. Opresidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), RicardoPatah, criticou os bancos por usarem crédito facilitado pelogoverno para a compra de títulos públicos. Segundo ele,o acesso a financiamentos deve ser facilitado para as micro epequenas empresas. "Achamosum absurdo quando se permitiu a utilização docompulsório pelos bancos para a compra de títulospúblicos, em vez de secapilarizarem os recursos para os bancos pequenos”, afirmouPatah.