Patrus Ananias afirma que política social é antídoto contra a crise

16/01/2009 - 18h34

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Políticasocial é antídoto contra a crise, e a política social brasileira não deverásofrer cortes por causa dos problemas financeiros internacionais. Aafirmação é do ministro do DesenvolvimentoSocial e Combate à Fome, Patrus Ananias, que encerra hoje (16)à noite viagem de cooperação técnica aoPeru. Segundo o ministro, o Brasil não foi “levadode roldão” na crise econômica internacional por causada estabilidade monetária e de suas políticas sociais.Para ele, as políticas sociais “têm um caráterprático: elas garantem a sustentabilidade do crescimentoeconômico, qualificam pessoas para o mercado de trabalho epossibilitam crescimento na área de capacitaçãoprofissional”.Alémdisso, afirmou Patrus, são iniciativas que aumentam o poderaquisitivo das camadas mais populares: “Estamos ampliando o mercadointerno de consumo. Programas como o Bolsa Família, benefíciosde prestação continuada [a idosos, pessoas comdeficiência ou incapacitadas para o trabalho], programas detransferência de renda e de apoio à agricultura familiarestão colocando no mercado de consumo pessoas, famíliase comunidades inteiras que não compravam ou compravam muitopouco”.PatrusAnanias lembrou que o Congresso Nacional aprovou para este ano R$32,6 bilhões de orçamento para o Ministério doDesenvolvimento Social (R$ 4 bilhões a mais do que no anopassado). Ele disse que não acredita em cortes no setor por causada crise. “É claro que a crise preocupa,porque pode haver redução de recursos e demandasmaiores em outras frentes, mas o presidente Lula tem sido muitoclaro: 'os pobres não vão pagar o preço dessacrise no Brasil'”, afirmou.Na viagem, o ministro e sua equipe apresentaram resultados de programas sociais brasileiros e aproveitaram para conhecer iniciativas dogoverno peruano.