Inflação medida pelo IPC-S fica estável na segunda semana do mês

16/12/2008 - 10h08

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) ficou em 0,73% na segunda semana de dezembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a mesma variação registrada no levantamento anterior.No período, foram constatadas elevações em três dos sete grupos pesquisados: transportes, que passou de 0,24% para 0,39%, pressionado pelo reajuste da tarifa de ônibus urbano; saúde e cuidados pessoais, que passou de 0,54% para 0,62%, com destaque para aceleração de preços dos serviços oferecidos pelos cabeleireiros; e despesas diversas, com alta de 0,21% ante 0,17%. Nesse último grupo, a análise técnica aponta que a contribuição do aumento do preço da cerveja, cuja taxa passou de -0,58% para 0,67%.Os outros quatro grupos apresentaram desaceleração: alimentação, com alta de 1,34% ante 1,36%, principalmente pela baixa nas cotações das frutas; habitação, com variação de 0,51%, ante 0,58%, queda atribuída à redução da tarifa de eletricidade residencial (de 0,85% para 0,65%); vestuário, com aumento de 0,57%, ante 0,62%, com destaque para recuo nos segmentos de jóias e bijuterias (de 2,38% para 1,44%); e educação, leitura e recreação, cuja taxa passou de 0,47% para 0,44%, com destaque para os shows musicais (de 2,03% para 1,08%).Na lista de itens com maior aceleração, a FGV aponta que o tomate disparou, passando de uma alta de 49,97% para 66,85%. O mamão-papaia está 9,31% mais caro do que na primeira semana do mês, mas essa taxa indica desaceleração, uma vez que o preço do produto havia subido 23,27% na pesquisa anterior. A batata inglesa mais do que dobrou de preço, passando de uma alta de 3,17% para 6,89%.Fazer as refeições fora de casa também está pesando mais no bolso dos consumidores. A média de preços da comida servida nos restaurantes subiu 1,51%, ante 1,24%. Quem renovou contratos de aluguel teve que arcar em média com um reajuste de 0,84%, ante 0,81% da primeira semana do mês.No sentido inverso, caíram os preços do limão (de -8,96% para -21,57%); feijão carioquinha  (de -16,33% para -18,54%); óleo de soja (de -3,01% para -4,69%) e arroz branco (de –1,35% para -2,22%).