Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes daCentral Única dos Trabalhadores (CUT) entregaram hoje (10) aoministro da Fazenda, Guido Mantega, um documento em defesa do empregoe da renda dos trabalhadores, diante da "mais grave crise desde1929". Eles participam de almoço com líderes deoutras centrais sindicais para discutir a questão daempregabilidade na atual situação econômica.O documento pede garantia da manutençãodo nível de emprego nas instituições financeirase não financeiras, estabilidade do emprego nos processos defusão e incorporação de empresas e limitaçãodos rendimentos dos executivos das instituiçõesfinanceiras e não financeiras.Os trabalhadoresdefendem também a revisão de demissões feitaspor causa da crise por empresas que tenham se beneficiado de apoiogovernamental. Como exemplo, a CUT citou a Vale e a Aracruz.Paraa central, a desoneração da folha de pagamentos sódeverá ser aprovada se for associada à reduçãoda jornada de trabalho e manutenção do nível deemprego. Outra reivindicação é o apoio dogoverno federal aos projetos de lei de interesse dos trabalhadoresque resultem na geração deemprego, como a reduçãoconstitucional da jornada de trabalho de 44 para 40 horassemanais.Além disso, os trabalhadores querem a criaçãode câmaras setoriais, em caráter emergencial,especialmente para os setores mais atingidos pela crise de créditoe pela "retração da atividade econômica".Pedem, ainda, a manutenção da política devalorização do salário mínimo, fim dofator previdenciário, valorização dasaposentadorias e garantia de recursos públicos para educaçãoe saúde.Os trabalhadores também defendem ocumprimento dos acordo coletivo de trabalho com os servidorespúblicos, a redução do impacto da desvalorizaçãodo real nos preços dos alimentos e produtos de primeiranecessidade e a redução dos impostos, além de umprograma especial de geração de emprego e de renda naagricultura.