Caravana da UNE é encerrada na UnB

27/11/2008 - 17h10

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois de visitar 41instituições de ensino superior dos 27 estados do paísem quatro meses de percurso, a Caravana da União Nacional dosEstudantes (UNE) encerrou suas atividades hoje (27) com um debate naUniversidade de Brasília (UnB). O encontro reuniu os ministros daEducação e da Cultura, Fernando Haddad e Juca Ferreira, além do secretárioNacional da Juventude, Beto Cury, e representantes do Ministério da Saúde.Os debates da caravanaforam focados em temas ligados à saúde, educaçãoe cultura. Os estudantes ouvidos pelo país defenderam algunsposicionamentos como a descriminalização das drogas edo aborto. Na avaliação da presidente da entidade,Lúcia Stumpf, o saldo do projeto foi positivo.“Nósconseguimos discutir com mais de 300 mil estudantes universitáriosque participaram dos debates, atividades culturais e trabalhos quefizemos nessa caravana. Nós discutimos não só ostemas restritos à universidade, mas questões relativosà saúde e à cultura que tanto interessam aojovem”, defendeu.Hoje pela manhã,os participantes da caravana foram recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.“Foi uma reunião muito positiva, o presidente apoiou desde oinício a caravana e agora ouviu as nossas revindicações.Ele se posicionou favorável à ampliaçãodos recursos para a saúde, educação e cultura, isso vai ao encontro das idéias que saíram danossa caravana”, afirmou. Sobre temas polêmicos, como o aborto, Lula não se manifestou.A caravana, com apoiodo Ministério da Saúde, instalou postos para testesrápidos de HIV, vacinação contra rubéolae doação de sangue e medula óssea. Foramdetectados sete resultados de HIV positivo entre os 2 mil realizados. Na opinião de Lúcia, esses casos representam a dificuldade da população em ter acesso a esse tipo de teste. Na avaliaçãodo ministro da Educação, Fernando Haddad, a caravanaresgatou a importância histórica da UNE. “Ela ofereceua oportunidade da entidade conhecer o Brasil e o que os estudantespensam, de maneira não compartimentada, mas unindo as agendaspúblicas da educação, saúde e cultura”,afirmou.