Suspensão da licença da usina de Jirau não ameaça sua construção

25/11/2008 - 19h28

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim,  disse hoje (25) nesta capital que a suspensão da licença parcial de instalação da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira (RO),  determinada esta semana pela 3ª Vara Federal de Porto Velho, não ameaça a obra. “Infelizmente, (isso) virou uma questão corriqueira no Brasil. Alguma ONG vai  à Justiça em algum lugar, e um juiz, em alguma parte, dá uma liminar”, disse.

Tolmasquim acha que a liminar será cassada. Mas considerou  não ser desejável que questionamentos sejam levados à Justiça  e resultem na suspensão dos projetos.

O presidente da EPE informou que a usina de Jirau deverá ter sua operação  antecipada em um ano, de 2013 para 2012. O mesmo deverá ocorrer em relação à usina de Santo Antonio, também localizada no rio Madeira, que poderá entrar em funcionamento em 2011.

“Eu acho que se instalou uma competição extremamente saudável que vai terminar as usinas antes. E, de qualquer maneira, quem ganha é o consumidor”, disse. 

Para Tolmasquim, quando essa competição ocorre os preços, em geral, acabam saindo mais baixos do que o planejado. “Isso traz uma tranqüilidade muito grande para a gente”.Quanto ao leilão das linhas de transmissão das usinas no rio Madeira, o presidente da EPE disse que está otimista.  “Estou torcendo que amanhã (26) tudo corra bem e saia essas linhas. Saindo as linhas, eu estou bastante feliz. Se sair com deságio, eu estou mais feliz ainda”.

O leilão das linhas de transmissão será realizado no prédio da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, na Praça 15.