Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois de quatro diasseguidos de queda, a cotação do dólar “empinou”hoje e não respeitou sequer os dois leilões de swap cambial promovidos pelo Banco Central. Por meio desse mecanismo, aautoridade monetária oferece dólares ao mercado, comprazo de retorno previamente estipulado, assume o risco da variaçãodo câmbio e cobra uma taxa de juros pelo prazo do “empréstimo”da moeda norte-americana.Desde o iníciodo pregão, o mercado de câmbio sinalizava a primeiravalorização do dólar na semana e, como jáestava agendado, o BC realizou o leilão entre 12h45 e 13h, como objetivo de conter o aumento. A procura, no entanto, foi baixa, e oDepartamento de Operações de Mercado Aberto do BCcolocou apenas US$ 120,7 milhões em contratos com vencimentoem 1º de julho de 2009.Como a cotaçãodo dólar manteve a tendência de alta, o BC realizou novoleilão, uma hora depois, com melhor recepçãopelos agentes financeiros, e “vendeu” 6.400 contratos no valortotal de US$ 320,1 milhões, com vencimentos no primeiro diaútil de janeiro, abril e julho de 2009. Dos 33.500 contratosoferecidos, o mercado absorveu só 8.900, equivalentes a 26,57%da oferta, no total de US$ 440,8 milhões. Quem tem compromissosem moeda estrangeira, com vencimento no início de novembro,optou pela compra do dólar no mercado à vista. Razãoda valorização de 2,61% no dia, em relaçãoaos R$ 2,105 da véspera, fazendo com que a cotaçãofechasse em R$ 2,16. Apesar da redução na semana, avalorização acumulada do dólar no mês éde 13,3% e sobe para 21,06% no ano.