Para Fiesp, manutenção da Selic em 13,75% não favorece o país

30/10/2008 - 10h04

Da Agência Brasil

São Paulo - A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros, a Selic, nos atuais 13,75% ao ano desagradou a indústria de transformação paulista. Na avaliação do setor, o Brasil deveria seguir o comportamento dos Estados Unidos, onde houve um corte da taxa de 1,5% para 1%. “No quadro em que se encontra a economia, a medida não favorece o país”, diz, em nota, o presidente da Federação da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), Paulo Skaf.De acordo com a nota,  “os demais bancos centrais do mundo estão indicando possibilidade de redução de taxa de juros, excluindo apenas os países em dificuldades financeiras, o que, decididamente, não é o caso do Brasil”. Skaf fez uma ressalva, destacando que o fato de ter sido interrompida a sequência de alta deve ser bem recebido “desde que seja o início de um processo de queda continuada dos juros, fator essencial à retomada do crédito”. Só assim, acredita o líder empresarial, o país conseguirá evitar “uma freada da atividade econômica”.Paulo Skaf afirma ainda que os efeitos da crise financeira internacional, como a falta de crédito e a “ consequente redução da atividade econômica, chegaram por outra via, isto é, o medo de risco dos agentes produziu a redução e o encarecimento do crédito, muitos maiores que o pretendido pelo Copom no processo do aumento da Selic”.