Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Das 74 emendas que aMedida Provisória 442 recebeu, o relator, deputado RochaLoures (PMDB-PR), pede que sejam aprovadas duas integralmente e umaparcialmente. A MP amplia os poderes do Banco Central para negociarredesconto e empréstimos.As emendas tratam defiscalização dessas operações com opedido para que o Banco Central encaminhe à Câmararelatório mensal sobre redesconto e empréstimos e que oConselho Monetário Nacional estipule regras transparentes enão-discriminatórias. Além do pedido para queseja instituída uma reunião semanal do presidente doBanco Central, Henrique Meirelles, com a Comissão de AssuntosEconômicos do Senado.Rocha Loures disse queconversou com a oposição para garantir a votaçãoda matéria ainda hoje (28). Segundo ele, o PSDB estásatisfeito com as emendas acolhidas, já que duas delas sãodo vice-líder do partido, Gustavo Fruet (PR). Entretanto,alertou para a possível estratégia do Democratas deatrasar a votação hoje para atrapalhar a votaçãodo Fundo Soberano, marcada para amanhã (29).Mesmo assim, Loures éotimista: "Fiz questão de apresentar o relatórioantes do início da votação para que nãohouvesse acusação de tentativa de esconder algumacoisa. Acho que conseguimos votar até às 19h de hoje",disse.O deputado disse que aMP 442 é apenas preventiva e não envolve questõespolíticas. "Ela não muda a realidade. É umantiinflamatório para ser usado caso precise", disse. Aocontrário, segundo ele, da MP 443, que autoriza o Banco doBrasil e a Caixa Econômica Federal a comprarem instituiçõesbancárias menores, públicas ou privadas. "Essa simserá objeto de disputa política", comentou.A previsão éque a MP 443, que permite ao Banco do Brasil e à Caixa comprarinstituições financeiras com dificuldades, comece a seranalisada em plenário na semana que vem.