Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Uma mulher de 39 anos foi a primeira beneficiada com a doação dos órgãos feita pela família de Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, morta com um tiro na cabeça, na última sexta-feira (17). O disparo foi feito pelo ex-namorado, no trágico desfecho de um seqüestro, em Santo André, município do ABC Paulista.Segundo nota do Hospital da Beneficência Portuguesa, a paciente aguardava um coração há um ano e meio, quando recebeu o  diagnóstico que o transplante era a única solução para resolver um problema de cardiopatia congênita. O órgão chegou ao hospital às 5h15. Além do coração, foram doados o fígado, os rins, o pâncreas e o pulmão de Eloá. Os órgãos foram distribuídos pelos Hospitais Dante Pazzanese e Instituto do Coração (Incor). Após as cirurgias de retirada dos órgãos, ocorridas durante a madrugada, o corpo de Eloá foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Santo André. A liberação ocorreu às 9h, mas até as 11h30, ainda não tinha deixado o local. O velório está previsto para começar às 13h , no Cemitério Santo André, na Vila Humaitá, onde ocorrerá também o enterro, amanhã (21), às 9h.A adolescente Nayara Rodrigues, de 15 anos, amiga de Eloá, que também estava no apartamento e foi ferida a bala na boca, deve receber alta na próximaquarta-feira (22). Ela é a principal testemunha para a elucidação do crime.