Marco Antônio Soalheiro
Enviado Especial
Belo Horizonte - A recepção a Leonardo Quintão (PMDB), em sua chegadaao comitê central de campanha, após a confirmação do segundo turnocontra Márcio Lacerda (PSB), foi compatível com o surpreendentedesempenho na reta final do primeiro turno, quando reduziu uma diferençade 22 pontos percentuais para menos de três, na totalização dos votos.Com direito a show pirotécnico e aclamação por centenas de apoiadores,ele, ao seu estilo, primeiro agradeceu aos eleitores da capital.“Ó gente, valeu! Ainda não ganhamos não, mas vocês mederam oportunidade, e agora eu vou ganhar”, disse, para delírio dos cabos eleitorais. Em seguida, Quintão firmou como principal objetivo unir todos os outros candidatos que ficaram para trás contra o socialista.“Eu sou político e converso com todo mundo”, afirmou,ao avisar que irá procurar os demais candidatos, a direção nacional doPCdoB (partido da candidata Jô Moraes, terceira colocada no primeiroturno) e até autoridades do PT, que se posicionaram contra a aliançainformal com os tucanos para apoiar Lacerda.  O vocabulário simples e o sotaque caipira nãofaltaram na resposta do economista e administrador de empresas anenhuma pergunta. As propostas para a cidade , ele resume assim: “Nãotem mega-obra, não tem mega-túnel. Quero cuidar das pessoas”. O candidato disse descartar mudanças na linha dediscurso adotada até aqui. “Minha estratégia é a mais barata: olhar noolho do eleitor”. Em relação ao adversário de segundo turno, nenhumadiplomacia. “A diferença é que eu sou popular e ele [Márcio Lacerda] étreinado. Ele disse que participou de 150 eventos. Eu fui a 639compromissos. É encontro pra chuchu”, disse, para, em seguida, soltar umasonora gargalhada, consciente de que o resultado das urnas foi além doque ele próprio imaginava.      Ao lado do candidato, o ministro das Comunicações,Hélio Costa, cacique peemedebista do estado, reafirmou esperar aneutralidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa e avisou que estarápessoalmente empenhado para que Quintão tenha todo o apoio possível dacúpula do PMDB e de novas legendas.“Nós estamos do lado dele [presidente Lula] e ele sabe disso”, assinalou Costa.