Presidente do TRE considera tranqüilo primeiro turno no Rio de Janeiro

06/10/2008 - 0h57

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com a disputa no segundo turno já definida no Rio de Janeiro, entre Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV), a apuração ainda não acabou na capital fluminense. Até às 22h28, 99,99%dos votos tinham sido apurados. Paes liderava a disputa com 31,98% dos votos válidos, o equivalentea 1.049.010. Gabeira obteve 25,61% dos votos válidos, o equivalentea 839.990 votos. Derrotado, o candidato do PRB, Marcelo Crivella obteve 19,06% dos votos válidos (625.220).

De uma maneira geral, as eleiçõestranscorreram normalmente em todos os municípios do estado, com a boca-de-urna –que é crime eleitoral – sendo um dos principais problemas registrados. Centenas de pessoas foram presas e depois liberadas pela prática dodelito.

Das mais de 30 mil urnasespalhadas por todo o estado, apenas 322 tiveram que ser substituídas porapresentarem defeito, das quais 169 na capital.

As eleições só não foram definidas  no primeiro turno na capital e no município de Petropólis. Vários prefeitos foram reeleitos, como foi o caso de Linderberg Farias, em Nova Iguaçu,na Baixada Fluminense, que conseguiu 65,35% dos votos válidos – a maisexpressiva vitória do estado.

Depois de encerrada a votação, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro, Alberto Motta Moraes, fez um balanço positivo doprocesso eleitoral no estado e atribuiu à presença das Forças Armadas, nas áreasde conflito, boa parte desta tranquilidade. Para ele, a presença dos militaresfoi um avanço do processo democrático.

“As Forças Armadasatuaram dentro de um processo de democracia, não atuaram por iniciativaprópria, atuaram por convocação e a pedido da Justiça Eleitoral brasileira, oque acaba por se transformar em uma demonstração inequívoca de que elas não têmpor que se afastar do processo político-eleitoral. Hoje, elas foram de umaimportância fundamental para a garantia da tranqüilidade destas eleições", disse Moraes.

O presidente do TRE, noentanto, não respondeu se as Forças Armadas continuarão presentes no Rio, no segundo turno e esclareceu que a decisão ficará a cargo do TSE.

Problemas noscomputadores do TRE impediram a divulgação, com a mesma rapidez para o resultado do cargo de prefeito, dos númerosrelativos à votação para a Câmara de Vereadores.